sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Show de Lançamento - Daniela Araújo

Ontem (15/12) no Espaço Nova Semente aconteceu o show de lançamento do disco de estréia de Daniela Araújo a Sony Music Gospel. O disco é um achado! Estou prometendo um review aqui há muito tempo, mas o fim de ano ainda não permitiu a atenção que o disco não só merece como precisa, exige. Quero apenas registrar aqui algumas considerações sobre o evento de lançamento. Deixemos o disco pra semana de recesso antes do Natal... É impossível, no entanto, não adiantar aqui algumas de minhas impressões sobre o disco, seu repertório e sua primorosa realização.
Tivemos um show fantástico! Daniela não caiu na tentação juvenil de querer tocar o disco na íntegra e nem de realizar absolutamente tudo que se ouve no disco. Nada disso! Ouvimos versões ao vivo do que está no disco. Nada de playbacks cheios de todas as magníficas cordas, dobras e afins do disco e que fazem todo o sentido no disco, mas ao vivo não teriam o fator imponderável de uma interpretação ao vivo. A banda (um show à parte!) tocava com intensidade e pressão acompanhando em total sinergia a cantora. Para a responsabilidade de apoiar a cantora nos vocais, contamos com um time de primeira linha formado por Paulo Zuckini, Jéssica Augusto e até o marido da estrela da noite, Leonardo Gonçalves.
Daniela apresenta um nível técnico incomum, realizando com precisão as belas frases musicais concebidas para o álbum. O virtuosismo de Daniela não se torna uma distração, mas orna com muita beleza as canções. É tudo à serviço das canções. Daniela se divide entre foco total e entrega total, e nessa equação, a cantora nos brinda com muita emoção. Mas muita mesmo! Tanta, que nem a cantora, nem a banda, nem a platéia conseguem conter  lágrimas e entusiasmo. A presença da cantora no palco é natural, nada é forçado e ela até se permite estar à vontade (coisa perigosíssima para performers de modo geral...). Fico imaginando que o que ouvi ontem poderia acontecer em qualquer palco, de qualquer festival, de qualquer parte do mundo e seríamos muito bem representados.
Destaque também ao que aconteceu numa pequena pausa que a cantora fez, dando lugar ao duo Leonardo Gonçalves/Samuel Silva. O Leonardo é figura conhecida da cena e já fora dela (até Ed Motta já se rendeu ao talento do exímio cantor). Quero destacar o talento incomparável deste menino que toca piano como poucos. Samuel Silva é um gigante, e sem esforço surpreende como surpreendem os realmente grandes. Toca bonito, toca difícil, toca o inusitado, o "fora da caixa" sem soar arrogante, sem parecer querer aparecer: faz porque faz, porque ele é aquilo! Sei que a noite foi da Daniela, mas Samuel merece destaque.
Daniela é uma artista que estréia com um perigoso álbum. Um álbum que bem poderia ser seu 3º trabalho. é bom ficarmos atentos: não acho que essa moça tem tendência a baixar um milímetro sequer da qualidade nos próximos trabalhos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Prontos Para a Batalha - Coral Resgate

    Infelizmente, o 2º álbum do Coral Resgate para a Vida pela Salluz continua com o mesmo defeito do anterior: O Coral não vem junto! - É bom ouvir o disco do Coral da Igreja de Deus em Cristo da Zona Leste de São Paulo, mas ouví-los e vê-los ao vivo é uma das maiores experiências que a música pode oferecer a alguém. É a musicalidade sensível e poderosa dos cantores aliada a uma performance simplesmente incrível. Apesar do Coral não ir até sua sala pra você conferir isto que estou falando, o disco captura de forma ainda mais encorpada do que o primeiro disco o espírito do Coral. E a sonoridade está mais “coral”. Mais “timbrão” mesmo. Do ponto de vista da produção musical, eu já me declarei admirador da dupla Jeziel Assunção e William Augusto pessoalmente. Esses dois são ninjas de primeira linha, jogando em diversas posições sem que isso comprometa o resultado final do trabalho. Assinam instrumentos (destaque para o contra-baixo GORDO de sempre do William), arranjos e composições no álbum.
    Se a influência do 1º álbum é “churchy” e apimentada com The Comissioned, neste a coisa se desenrola com sonoridades que remetem muito a concepções de arranjos de base à lá Fred Hammond (como nas duas primeiras faixas que abrem o disco prometendo verdadeiras pancadas na orelha do ouvinte) e sonoridades vocais mais trabalhadas no tempero do Kirk Franklin. Até uns arranjos de cordas me lembraram muito o ótimo álbum Hero do Kirk como o da lindíssima canção “Comigo Está”. O disco segue demonstrando um bela arquitetura com o melhor do Gospel moderno. Um Black Gospel cheio de guitarras e devidamente influenciado pelo Classic Rock (SIM, penso ser daí que essa meninada tipo Dietrick Haddon tem dado uma guinada na textura do Black Gospel, que andava meio cansado de suas fórmulas, mas de repente sou só eu que penso assim...). Na sequência ouvimos “Me levantarei” que além de linda, belamente cantada pelo conjunto coral e tudo mais, tenta nos enganar com o uso incidental do chorus de “More than anything” do Lamar Campbel que o Coral canta bastante ao vivo, MAS declaro aqui: isso não basta, meninos! Gravem esta versão. Se vocês estão esperando para incluí-la no set list do DVD ao vivo (coisa obrigatória!) eu relevo a falha… Bela balada!
    “Não vamos desistir” traz um dueto explosivo dos irmãos Gabriel e da Jéssica. Meninos e meninas, ouçam o que eles fazem e se um dia der pra ir a um culto ou evento Gospel com o Coral prestem atenção no que eles fazem. É prova de que o Black nacional superou finalmente aquela chatice de melismas descolocados pra entregar leads bem feitos, bem desenhados e bem riffados. É uma aula de canto concentrada numa faixa! O Coral canta o refrão com uma energia absurda e nesta hora, pensei que o tinha gente cantando dentro do carro, tão envolvente é o resultado da faixa finalizada. A breve “O céu é real” é uma mensagem forte colocada com uma dose grande doçura vocal. Sem medo de errar, Melk Villar foi escalado pra iniciar abrir a canção. Olho nesse menino… “Escolhido”, de Marcos Rodrigues, é uma daquelas canções que você vai querer ouvir repetidas vezes, e o Nando Vianna entra solando com uma maturidade vocal e musical simplesmente assustadora! Novamente o arranjo instrumental veste uma canção do Marcos com maestria (tem música dele no 1º disco do Coral). Quando Jéssica Augusto entra na brincadeira depois da modulação, o que já estava bom demais chega a um ápice maravilhoso.
    “Molda-me”, de Alexandre Malaquias (ninja da composição, poeta, músico excelente e alguém com quem se pode aprender muito sobre como construir boas canções) é uma canção especial demais. Chego a ter certo temor em escrever sobre ela… Trata-se de uma canção que sintetiza alguns ideais que tenho pra minhas próprias composições: simplicidade, profundidade e poesia de alta qualidade aliada a conteúdo bíblico. O arranjo, a interpretação do Coral, a sutilieza das cordas, tudo orna e seria suficiente, mas como o disco sempre dá um passo a diante, podemos ouvir o solo da Ellis Negress e aquela sessão coral aos 2:35 da faixa que é cavernosa. Uma faixa incrível e, para mim, o auge do disco!
    “I just need you” é um problema! Eu explico: sempre tem alguém que me fala: “Ai, Jonas… Pra que essa mania desses Corais de cantar em inglês?” Em primeiro lugar, o Coral Resgate não é desses Corais… Em segundo lugar, a igreja de origem do Coral Resgate para a Vida é a Igreja de Deus em Cristo em Itaquera, identificada com a sigla COGIC3 (Church of God in Christ - e o número 3 tem a ver com a divisão distrital da Igreja aqui no Brasil segundo o que me explicou o elder da Igreja e meu amigo Wellington Primo). Enfim, trata-se de uma Igreja jovem aqui no Brasil mas uma das primeiras Igrejas Pentcostais estadunidenses sob a influência do avivamento da Rua Azuza. A presença de pastores e cantores da gringa na Igreja é grande e pelo que pude observar, lá se cresce sob esta influência musical e até cultural, MAS eles são brasileiros sim! Não é uma questão de “pagação de pedágio” para a cultura estadunidense, mas sim uma demontração pra lá de genuína de como são influenciados pelo Black Gospel e até de como reconhecem de onde vem e qual é sua principal influência estilística. Ufa… Dadas as devidas explicações, sigo: “I just need you” é uma bela canção do produtor William Augusto que conta com os vocais de Michael Santiago arriscando-se a gravar um lead tão característico de momentos espontâneos em Igrejas pentecostais negras americanas em inglês que não é sua língua mãe. Ele dá conta do recado com estilo e muita precisão! Já dei aula de inglês pra defender uns trocados lá pelos meus 18 anos e se fosse prova oral eu dava 9,25!
    “Justificado pela graça” conta com um solo belíssimo da minha amiga (e colega de tempos de ULM, mas pelo amor de Deus, esconda aquelas fotos!) Dyani Primo e sua voz única cheia de sensibilidade e precisão! A canção é um belo 6/8 super Gospel com uma sessão com cara de ministração ao vivo da Denise Mariano com o apoio da banda, do Coral e do Hammond com sabor de Igreja pentecostal de verdade!
    “Medley” fecha o disco com a voz espetacular do Melk Villar. É um timbre característico, um fraseado brilhante e uma voz inteira e totalmente dominada pelo seu dono no grave, no médio, no agudo e naquela região que nem deve ter nome ainda que ele atinge… Uma falta de senso de noção vocal! Vai indo, vai indo, vai indo e quando você ouve, pensa “Não… Ele não vai fazer isso… Ops! Ele fez…” -Melk é um jovem mestre de sua arte.
    A finalização do disco é ótima. Mix do Luciano Marcian, clara com tudo aparecendo e dando lugar para as dinâmicas pensadas pelos produtores e aquela Masterização já elogiada aqui em diversas ocasiões assinada pelo “pai da matéria” Luciano Vassão. A arte do disco parece ter sofrido um pouco com a impressão do encarte… Não vi a imagem divulgada pelos canais da Salluz reproduzida com justiça no encarte físico quando peguei o disco na mão, mas nada que desabone a concepção e nem te impeça de adquirir este belo álbum do Coral Resgate para a Vida, e se não for pedir muito: Que venha o Ao Vivo!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Música aos vivos!

Bem, amigos...
Que fim de semana!
O último sábado foi marcado pela primeira apresentação em solo brasileiro do grande singer/song-writer/producer/bassist Fred Hammond e eu quase não fui ao show! Quase MESMO! Pensei assim: Show de graça, ao ar livre? Isso tem tudo pra ser uma furada daquelas... Externei o sentimento à minha digníssima esposa e ela fez uma cara que disse tudo. Era pra ir! Fred Hammond, pelo que me lembro, me foi apresentado pelo amigo baterista Daniel Wesley quando eu ainda me encantava pelos coros de Kirk Franklin e da cena Black metida a besta daqui de São Paulo, uma galera que naquela época tinha muito mais pose do que qualidade pra mostrar, salvo raras exceções como Silvera, Rogério Sarralheiro e Paulo César Baruk (que na época eu ainda associava a um cantor de black music e hoje tanto ele como os outros citados tem se mostrado muito mais do que apenas cantores de black music...). O Dan virou pra mim e disse: "Ei, você conhece o Fred Hammond?" num dia de futebol ali na quadra da Igreja Metodista em Vila Mazzei. Eu disse que não (não associei o nome à voz que já tinha me deixado de queixo caído no Comissioned) e fui atrás de conhecer o músico. Dali em diante, Fred Hammond tem sido meu maior modelo de compositor e produtor dentro da cena Gospel Internacional. Além disso, ele também é extremamente dotado como cantor com aquele timbrão cavernoso e um fraseado único, inimitável. Não dava pra perder a oportunidade de vê-lo ao vivo! Lá conheci o Fred Hammond "worship leader". Em outra língua, ele fez com que ali naquele estacionamento de Ginásio poliesportivo, quase uma dezena de milhares de pessoas se prostrassem em adoração e entrega ao Senhor num dos momentos mais significativos de Louvor e Adoração de que já participei na vida! O tradutor contratado do evento bem que tentava traduzir (e muito bem por sinal), mas a galera respondia imediatamente à direção do cara. Coisa do Espiírito Santo que traz essa línga comum que é o Louvor e a Adoração genuína!
Uma alegria imensa ver um dos grandes em ação. Uma banda impecável, um trio de BGVs exelente, arranjos e animais e aquela pegada instrumental realmente rara de se ver na vida! Tive a oportunidade de ir aos backstages onde (pra meu completo assombro) o cara me reconheceu dos papinhos com os quais eu o incomodo no Twitter me chamando de "Jonas, my tweet guy!"... Relevem: coisa de fan mesmo! Eu assumo que tieto! Apesar de que foi ele mesmo a me enviar uma DMzinha bastante prosaica perguntando se a corrente elétrica por aqui era 110 ou 220. Consegui um rápido papinho com o mestre, algumas fotos com "my tweet guy" e com os integrantes da banda. Coisa de fan!
Musicalmente, eu sabia que meu feriado ainda não tinha acabado: tinha o lançamento do EP do meu aluno celebridade no Domingo. Cansadaço, com as costas semi-arriadas eu me dirigi ao CCJ da Vila Nova Cachoerinha pra me juntar a mais umas quase 6 mil pessoas que sem TV, sem Jabá de rádio, sem esquema de divulgação atenderam a lógica de guerrilha urbana do Laboratório Fantasma e foram pra lá. Fizeram bem em ir. De lá de New York os produtores do EP Kslaam e Beatnick vieram pra tocar junto com o Leandro, o Rael da Rima o DJ Nyac e outros convidados incríveis como MV Bill e Izzy Gordon. Muito bom! Festa da boa... Meu pai contava das tais festas dos anos 70 onde os caras que rodavam os Vinis eram como arautos da música boa e traziam as coisas mais deeps possíveis pra galera dançar na rua ou na pista! Eu me senti numa dessas festas e fui lá ver o show no meio do povo igual fiz no do Fred mesmo tendo a tal pulseirinha VIP. Uma energia absurda! Dançante total! Um RAP novo, musical, sem frescura e sem pose de bandido mas também que não faz cara de bonzinho e faz a galera do gueto ir pra cima do Sistema com cara de mau, mas com idéia na cabeça e vontade de vencer pelo certo!
Passou um garoto do meu lado com uma camiseta do Sabotage, uma mochila surrada e contando um dinheiro meio amassado nas mãos. Não hesitei: cheguei nele e perguntei quanto era. Ele respondeu: "Cinco conto!" -eu disse:"Vê um aí!". A cena parece muito com qualquer coisa de errado, né? ZN, show de RAP, dinheiro pouco assim... Era o EP "Doozicabraba e a Revolução Silenciosa"! Nada de droga. Nada de ilícito! Era minha "cópia única Nº 229966" do álbum.
Emicida tocou durante horas e horas. Tocou TUDO e durante "Triunfo" eu gritei forte com a galera "A rua é nóiz!"

Musicalmente, um dos fins de semana mais estimulantes da minha vida!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Captivo

          Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me aqui blogando novamente!
Foram tempos de muito trabalho e produção, mas agora quero ressucitar este humilde bloguinho e, quem sabe até repaginá-lo!
Com muita alegria eu retomo minha atividade aqui comentando uma linda produção Teatral que assisti no ultimo fim de semana: O musical “Captivo”.
Confesso que fui assistir sem grandes expectativas. Não conhecia o trabalho do produtor (o competentíssimo Daniel Moraes) e só tinha algumas referências sobre o trabalho das diretora e coreógrafa Vivian Lazzerini e Maiza Tempesta, respectivamente.
Como é bom ser surpreendido com qualidade e arte dessa natureza! Trata-se de um espetáculo de dança executado por um elenco afinadíssimo com repertório atualíssimo e escolhido a dedo a fim de apresentar a trama e sua densidade. Você nem percebe tartar-se de um espetáculo cristão até quase o fim da peça. Vemos expresso no palco e nos recursos de video-arte utilizados as tramas escravizadoras e alienantes dos sistemas do cotidiano em sua máxima expressão. A sutileza com a qual o autor associa estas tramas à ação do mal é brilhante e abre mão de dos lugares comum que geralmente vemos no teatro cristão contemporâneo, comprovando minha desconfiança de que dessa forma se obtém efeitos ainda mais radicais e duradouros no imaginário do público. A coreógrafa faz dançarinos parecerem bonecos nas mãos de títeres assombrosos de maneira a nos fazer pensar: quem orquestra nossas ações? Quem está por trás da briga de trânsito? Quem dirige a mão daquele que violenta outro ser humano? Sem tirar a responsabilidade do individuo, o espetáculo mostra que há interesses e forças ocultas que semeiam a morte, cabendo a cada homem e cada mulher escolher de quem quer ser cativo: do Amor ou da Morte. As personagens que encarnam no palco estes conjuntos de forças tem a marca de uma direção atenta a detalhes! O vocabulário gestual, a voz, a caracterização de Walter Paz assusta desde sua primeira aparição no espetáculo. Coisa boa de se ver! Rapaz jovem, atuando com intensidade de ator cheio de tarimba. O controle muscular preciso de suas feições e de todo o resto do corpo dão uma credibilidade sem tamanho ao papel que Walter tem de carregar durante o espetáculo.
Luz, som, o reforço áudio-visual, enfim... Tudo na medida a fim de proporcionar um espetáculo intenso, direto e sutil ao mesmo tempo. Ponto para a Arte portando a voz do Evangelho. Quem ganha é o Reino de Deus!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Fellipe Magalhães - Além dos Olhos


             Quer conferir mais um trabalho bom do produtor Leandro Rodrigues? Dá uma olhada no “Além dos Olhos”, do talentoso Fellipe Magalhães que recentemente apareceu na lista das 6 mais pedidas da programação na Radio Vida com a balada pop Desejo, versão de Wish (Brian Litrell).
              Em uma visão geral você percebe ao longo do cd que os arranjos estão muito bem referenciados, transitando com destreza pelo Indie Britânico e o bom e velho pop-rock americano. A "pitada de Indie" se evidencia com mais intensidade nas cancões Viverei, Sem Razão e A Ti louvor - por sinal excelente contribuicão composicional de Alexandre Malaquias ao trabalho - no qual os pianos tem um "quê de coldplay" e há "falsettos" muito bem executados. Desconfio eu que o toque Indie tenha se dado também por conta do produtor ter atentado para o fato de que Fellipe é um excelente tecladista - o que pode dar uma cara meio Chris Martin (vocalista da banda britânica) em suas ministracões.
             Mas e o pop-rock citado ali em cima? Aumente o som e curta os riffs de guitarras em  músicas como Descoberta e violões como os da faixa que leva o nome do cd, “Além dos Olhos”. Uma palavra define bem: Viciante!
             Vocalmente falando o brilho fica por conta do timbre de Fellipe (que nem precisa de muitas “firulas” para se tornar agradável, já é bom por natureza) e dos duos feitos em boa parte das faixas pelo próprio cantor. Afinadíssimo. Lembro-me até mesmo que na época de gravação Leandro Rodrigues  comentava via twitter que afinar voz nesse cd foi praticamente um trabalho desnecessário. Quem já viu ao vivo atesta, realmente o cantor possui um talento de tirar qualquer um do sério.
             Nota-se  também ao longo do álbum uma homenagem (mesmo que singela) a um companheiro de ministério que, segundo o próprio cantor, foi uma das pessoas que investiu esforços , auxiliou nas composições e tornou a realização desse sonho possível. A faixa "Faça-me ver" lembra  baladas piano e voz como Super-Herói  do nosso querido (e grande, rsrs) poeta Thiago Grulha. Além disso ,tem a regravação da "Tempo para amar" e a participação do próprio interprete num dueto com Fellipe na canção "Tu és Deus". A timbragem das vozes é impressionante , vale muito a pena conferir o resultado.
             Aproveite e confira o cd  todo entrando no site http://www.fellipemagalhaes.com.br e adquirindo o seu. Mas aviso:vai passar pelo menos um mês sem conseguir tirar ele da orelha.

por Raíssa Junker - Jornalista e tecladista.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Single de Nadia Santolli disponível pra download gratuito

A velocidade do mundo digital permite iniciativas novas na divulgação de novos produtos e os responsáveis pelo lançamento do novo trabalho de Nádia Santolli parecem ter entendido isso bem e lançado mão das novas possibilidades afim de já colocar na boca do povo que anda on line o primeiro single da cantora. Aliás, através do site da gravadora houve uma votação pra escolha do primeiro single. Pra constar: votei na faixa vencedora!
Se eu começar a falar do single vocês perceberão a tendência que eu tenho de elogiar canções que comecem com strummings de violão de aço. Então permitam-me respirar fundo e falar da canção e da cantora em si sem os costumeiros exageros...
Uma bela canção com alguns temperos de folk-rock, riffs bem desenhados num arranjo simples, ao ponto e perfeito pra destacar a bela letra. Que surpresa boa a letra da canção aliás: "no meu silêncio encontro a tua voz" - uma linha inusitada nestes tempos em que os crentes e ministérios de crentes estão tão ocupados em vociferar pra Deus pedindo, determinando, reivindicando tudo! A canção é simples sem ser pobre e isto é uma coisa difícil nos dias em que a máxima "menos é mais" é ou ignorada, ou desentendida.
Se você não descarregou ainda, corre lá: http://tinyurl.com/6avlj5g - é de grátis e LEGAL!
A faixa é prenúncio de um belo CD! Assim que comprar o meu ele será comentado!

terça-feira, 22 de março de 2011

As meninas-moças

Queila Martins, Ellis Negres e Jéssica Augusto
Aconteceu ontem no Espaço Redenção uma homenagem declarada tardia e declaradamente "não homenagem" às mulheres através de uma programação na qual três grandes vozes femininas ficaram em foco. Explico: O próprio pastor Eli mencionou que não quer fazer disto um evento especial, mas algo corriqueiro! Povoar mais a programação do Espaço Supernova com vozes e ministras meninas-moças. E faz ele muito bem! Ontem tivemos a alegria de ver e ouvir em ação três das mais ativas cantoras profissionais de São Paulo. Eu sigo as três no Twitter e posso afirmar que é muito estúdio no lance! Talvez você ainda não esteja familiarizado com seus nomes, mas Queila Martins, Ellis Negres e Jéssica Augusto são vozes presentes em diversos times vocais em CDs e shows pelo Brasil a fora.
Queila tem um belíssimo álbum gravado pela Salluz Productions que é campeão de plays no meu iTunes por dois motivos muito fortes: 1. Eu gosto demais do disco! e 2. Minhas alunas acabam cantando muitas de suas canções. Queila é vocalmente madura, expressiva e dona de um bom gosto evidente na escolha do repertório e das perfomances com as quais cuidadosamente nos brinda sempre. Vale a pena comprar e ouvir este disco! Uma voz pronta e digna de ser ouvida por muitos e muitos anos e discos ainda.
Ellis e Jéssica são duas jovens cantoras de uma safra muito valiosa. Ambas integrantes do Coral Resgate para a Vida cujo disco eu já elogiei bastante aqui, e solistas virtuosas e muito promissoras. A voz de Ellis tem profundidade e muitas cores, com um poderoso low-end de cantora influenciada pela música Gospel norte-americana. Jéssica é uma soprano que não economiza nos graves também, mas tem a extremidade aguda da tessitura que hoje em dia mais me agrada por aí. É incrível ver como seus agudos parecem fáceis! Além disso, contam com a cultura musical que a COGIC 3 pode oferecer a seus membros. Fui lá conferir isso daí in loco. Ver "que água que se bebe por lá" e confirmei minhas suspeitas: é um reduto de chegada da real Black Gospel no Brasil.
O evento trouxe a temática do serviço e a figura de três mulheres "na ponta" ilustrou bem o resumo da Ópera: Há que se diminuir! Melhor é servir do que ser servido. Evangelho é isso aí. Homens, aprendamos!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Rede Social - A saga do Bloco do "Eu" Sozinho

David Fincher me ganhou em 1995 com o brilhante "Seven" e desde então acompanho o trabalho do cineasta com muito menos paixão do que se vê transbordando em seus filmes. Quando li sobre o tema de The Social Network, confesso que torci o nariz. Não tinha lido o livro de Ben Mezrich, mas não achei que a história de Mark Zuckerberg daria um argumento digno ao diretor responsável por "Fight Club". Simplesmente adoro me arrepender assim tão vertiginosamente! Os três prêmios arrematados na 83ª edição do Oscar não são assim tão despropositados, afinal o estilo video-clíptico imposto por Danny Boyle e devidamente acatado por Jon Harris em "127 hours" é questão de gosto adquirido, enquanto que "Black Swan" não ficaria com muito mais do que o evidente prêmio a sua melhor atriz por ser Darren um que não agrada tanto com seu jeito de fazer Cinema (relevante, novo, arteiro e sufocante...). O roteiro é ágil, emoldura a história com bastante talento dando um belo tom a película e, mesmo sendo um daqueles que concordam com o Glauber no sentido de que o Cinema não serve pra contar histórias a narrativa do filme me pegou de surpresa como algo forte. A música original que rendeu aos Rent Reznor e Atticus Ross a estatueta é um ponto alto! Como compositor de formação e interessado em film-scoring que sou há tanto tempo, fico feliz em ver qualquer coisa que não "bata continência" aos clichês Holywoodianos ser aclamada. A trilha é boa, grandiloquente, e afinada com o feeling high-tech do filme sem deixar de ser informada, erudita e bem estruturada, ou seja, nada de drum-bass pelo drum-bass: é tudo milimétrico e bem mixado.
O filme é um drama pesadamente fundamentado na solidão perene de Zuckerberg. Uma mente perigosamente brilhante que sabe ler nas entrelinhas do Mundo a inovação que ele deseja, anseia e não consegue nem ao menos imaginar. Vemos o drama de um jovem que com talento e visão ímpar conecta meio bilhão de seres humanos de todo o globo, mas soçobra sozinho num eterno F5. Tentativa patética de se ligar a ao menos um indivíduo com o qual queira se relacionar de fato. Vemos também a inveja pintada em cores fortes, amenizada em tons pastéis e contornada em tipos humanos limítrofes: os gêmeos bon-vivants, o imigrante carreirista, o sul-americano oprimido e passado pra trás, mulheres coisificadas, burocratas e mais burocratas, um fetichista do mundo high-tech rancoroso e vingativo interpretado brilhantemente pelo multi-talentoso Justin Timberlake, e no meio de tudo isso o "gênio"-inventor-fundador Mark Zuckerberg com sua bandeira e ninguém para ajudá-lo a carregá-la, provando que a tecnologia tanto os aproxima enquanto nos afasta.
A história também ensina. Fala de internet, de dinheiro, de vendas e de como criar uma imagem fiel a uma idéia. A relutância em se render a propaganda (como as muitas que você pode ver neste site que vos fala, mostrando que nele não há nada de novo...) é tão radical que consegue manter a pureza daquele azul por muito tempo, até que o site se transforme no preço que seu dono tenha em mente arrebatando poderes e capitais transformando Mark no mais jovem bilionário do mundo. Quem quiser tomar notas desta aula, fique a vontade...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Arte - uma resposta/comentário a um blog amigo.

em ocasião do post mais recente do Yuri Steinhoff.


Não entendemos nem "arte" como Arte ainda... Distinguí-la de entretenimento é luxo ao qual não se pode dar! Em ambientes de suposta arte sacra moderna então, só tenho dúvidas. Onde há arte? Nos panfletos ideológicos da esquerda militante forte nas Igrejas com apelo progressista? No afetismo emocionalóide dos carismáticos? No rigor formal e conteudístico dos tradicionalismos em todas as suas aparecências? Nem lá nem cá, né? Arte, obra de arte são fenômenos raros hoje em dia... Quase que forma e conteúdo não se tocam mais! Arte como τέχνη como queriam gregos não se justifica mais? Ars mais romana beirando um clipe orgiástico de novas Ladys? Simbolismos também não respondem aos anseios atuais? Que sobra? A procura! A procura sempre motivou qualquer Arte relevante. A Arte, o artista sabe que não encontrou, sabe que precisa do encontro, sabe que falta algo, por tanto uma arte que se dá a panfletagem é morta porque quer lançar ao outro ou a outro lugar algo que não é possibilidade, mas certeza. A Arte que só emociona é manca porque volta o homem pra dentro do homem e mata encontros. Só faz reverberar dentro do homem aquilo do que ele já estava cheio antes de encontrar a obra. A Arte formal expressa modelos muito bem, toca no que consideramos belo, conjectura sobre gôstos mil, mas também gera pouco porque nela cabe dizer "isto é certo" e/ou "isto é errado".
A Arte, então morreu? Será que um dia viveu? 
"Arte" é só uma palavra... Às vezes, alguém consegue lançar algo dentro dela, seja num som, num gesto, numa imagem, num conjunto de tipos dispostos numa tela branca ou pedaço de papel, mas a "Arte" continua sendo só uma palavra!
Não subestime o poder de uma palavra...


Dizer errado é nova arte! Ars nova, protestante e questionável. É incluir o símbolo onde não há nenhum.
Ars - erat, aret tera.






Post Scriptum: Não tenho certeza de nada que escrevi neste post. Ainda estou a procura...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"Mas e música do Mundo, pode?"

De novo esse assunto, né? A gente roda, roda, roda e a questão continua a mesma: pode o crente, o músico crente, o "gospel fan" ouvir "música secular" (nomezinho que só perde em deselegância pro costumeiro "música gospel") "do Mundo"? Quando essa questão apareceu pra mim no meu curto e atrapalhado flerte com o fundamentalismo fanático confesso que não entendia bem de qual distinção se tratava. Naqueles tempos de adolescente eu tendia a poucas diferenciações em música. Tinha música que eu gostava e música que eu não gostava e ponto! Não era nem uma questão de música boa o ruim ainda. A questão era gosto. Gostava de Take 6 e detestava Bach! Achava que Bach era música de elevador... Gostava de Stockhausen e detestava Beatles (essa nem Freud explica...). Enfim, como um pequeno pernóstico em formação que eu era, gostava demais assim como detestava demais. Coisa de quem teima em se colocar ainda que não tivesse sido chamado! Com esta postura ganhei alguma coisa, mas perdi muito mais. Deixei de ouvir Bach desde mais cedo, deixei de ouvir Ópera desde mais cedo, deixei de ouvir Beatles desde mais cedo e meu mundo sonoro cresceu defasado e comprometido demais.
Depois de já bem formado como um jovem pernóstico a questão parecia superada. Como viver sem ouvir Stevie Wonder? Dogmática nenhuma me convenceria de que isso faz sentido! E eu nem sabia ainda que Stevie era COGIC... Como eu poderia abrir mão de Chico Buarque de Hollanda se não tinha nada igual no mundo cristão pra ouvir e deslumbrar? Enfim, a coisa de filtrar o que poderia fruir em arte na malha fina do que a Igreja permitia era estranho, como ainda é.
Um tempo depois me colocaram a questão do Cinema. "Como que você vai poder assistir a um filme degenerado como este novo do Kubrick aí?!" - quando esta frase se fez soar aos meus ouvidos resolvi deixar minha fruição artísitca na dimensão da alcova. Via e ficava quietinho, ouvia e ficava quietinho, cantava/tocava e ficava quietinho, ia no teatro e ficava quietinho. Só amigo íntimo sabia do meu fraco por David Lynch, Artaud, Chico, Miles, Elis e afins, muito mais "afinados" dos que as modas Gospel que iam e vinham e nas quais nunca encontrei identificação. Lá pelos idos de sei lá que ano, a onda black na cena Gospel me pegou. Templo Soul, Robson Nascimento, Baruk, FLG ( e eu nem sabia ainda que já era lá pra terceira "onda black" no Gospel brazuka...), mas sempre a escuta da maioria salvando estas citadas acima e pouquíssimas outras exceções, tudo soava cópia da cópia do rascunho do abjeto... Prefiria voltar pra Motown, pra produções do Q, pro Babyface, pro Randy Jackson. Quanto a uma música brasileira (seja lá o que isso possa significar!) o buraco sempre foi largo e profundo: só lá um ou outro ocasionalmente acertando alguma! Saudades do Sérgio Pimenta - mpbístico sem ter que ser poser e vociferar contra tudo e todos pra depois desdizer o dito como se fora "coincidência"... Lamentável!
Enfim, enquanto a MCC continuar escassa de qualidade e arte na lida da canção vai sobrar muito tempo pra ouvir MPB, Jazz, R&B, Rock, Música Erudita e afins...
"Pra não dizer que eu não falei das flores", tem muita gente aparecendo com ganas de escrever uma nova história! Já falei aqui do sensacional Multiforme do Baruk que quase levou o Grammy do ano passado, O Palavrantiga e seu trabalho inusitado, o ótimo Ainda não é o último... da Banda Resgate, o muito feliz disco solo de Luiz Arcanjo, tem esse menino de Brasília chamado Hélvio Sodré que é fantástico, o Grulha entre outros e espero que cada vez mais muitos outros!
Pra constar, desconfio que todos estes que citei ouvem muita "música secular" e talvez em doses cavalares até pra não se deixarem poluir do mais do mesmo que impera por aí.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

3 Clipes

Pra começo de conversa: eu sou fascinado por video clipes! Lembro de que voltei correndo do colégio pra ver a estréia da MTV (pra, com o passar dos anos, perceber que não foi tão legal assim...). Meu pai tinha umas coisas em VHS que fizeram minha cabeça de criança: Talking Heads, um clipe de Sincronicity do The Police que sempre adorei, Shout do Tears for Fears e por aí vai. Com o passar do tempo comecei a me dar conta de que não haviam clipes de música Cristã. Na verdade, até existiam, mas pela bondosa mão do Senhor, fui poupado de vê-los quando criança e adolescente. Ao invés deles, via Titãs, Paralamas, Nirvana e tudo mais. Muito diretor de Cinema começou filmando clipe de banda de Rock! Daí, com o passar do tempo tive curiosidade de assistir clipes da "música Gospel" nacional. Ano passado meu asco de Clipe Gospel começou a diminuir um pouco conforme algumas produções foram se destacando pela qualidade e por um crescente abandono da estética brega que antes reinava. Quero destacar 3 clipes em especial que me provocaram sorrisos:
Sabe aquele tipo de clipe intimista, que só tem o cantor em paisagens pseudo-deslumbrantes? Pois é, pode ser um tiro no pé mas aqui texto e imagem conseguiram redimir uma fórmula aparentemente gasta ressaltando a simplicidade bonita que o Thiago conseguiu imprimir nesta canção.
Esse disco como um todo foi um presente de 2010! Não esperava um clipe assim tão divertido, confesso... No reino dos detalhes, a Banda Resgate está furando uma barreira dentro da cena Gospel do Brasil: estão podendo ser roqueiros beirando a meia idade divertindo-se plenamente fazendo canções. Por que a música Cristã tem de ser o tempo todo séria, profunda, existencial e em suma carrancuda? Esta canção nos faz lembrar das iluminuras medievais que os monges tradutores faziam nas beiradas dos livros, cheios de bom-humor e argúcia!
Esse é da Gringolândia. Da ótima banda The Arrows e traz uma foto-montagem marcando o texto de uma fortíssima apolgética da ética e moral cristã sem muita frescura e bastante criatividade, colocando o tal texto na boca de Satan, o pai de todas as mentiras. Os discursos moralistas e fundamentalistas são, não raro, marcados por péssimo gosto estético e merecedores de nota zero em poética. Esta é uma honrosa exceção.

O "Clipe Gospel" ainda está longe alcançar status artístico de ponta, mas algum progresso em aspectos técnicos são inegáveis. As velhas fórmulas "cantor olhando pro nada", "banda inteira tocando guitarra desplugada em galpão" ou filmagens de shows são ainda gastas a todo o tempo, mas acredito que novos profissionais que estão furando esta bolha de mercado começam a trazer coisas novas pra linguagem, dignificando ainda mais as produções da MCC. Pra finalizar, quero deixar aqui um clipe, um quarto clipe da música "secular" (aguarde um post sobre essa coisa de música secular que está no forno!) pra se ter uma idéia do que é possível fazer com simplicidade e beleza:
Paz a tod@s.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Som da Solidariedade

Voltando de férias atribuladas... Muitas catástrofes climáticas, amplificadas pela nossa ocupação e uso insano da terra e tudo mais!
Muita gente está se mobilizando pra atender as vítimas de Rio, São Paulo e Minas, e é uma alegria ver artistas de ponta da cena Gospel dispondo de seu tempo e talento pra congregar pessoas dispostas a fazer a diferença. O evento acontecerá na próxima segunda-feira 31/01 das 14:00 até as 22:00 no Espaço Redenção, situado na av. Jabaquara nº 123 em São Paulo.
Qual o diferencial deste evento?
Tenho informações seguras de que TODA  a renda será revertida pra compra de todos os materiais e mantimentos necessários na sobrevivência dos atingidos pelas catástrofes e que neste mesmo intuito, todos os artistas e ministérios envolvidos abriram mão de seus cachês.
Há cantores de diversas denominações evangélicas e diversas gravadoras.
Ponto positivo pra estes nomes, e tenho certeza de que pra muitos outros também que talvez a agenda tenha impedido de assumir este compromisso com vidas e com o Reino de Deus.
Paz a tod@s!