terça-feira, 13 de setembro de 2011

Música aos vivos!

Bem, amigos...
Que fim de semana!
O último sábado foi marcado pela primeira apresentação em solo brasileiro do grande singer/song-writer/producer/bassist Fred Hammond e eu quase não fui ao show! Quase MESMO! Pensei assim: Show de graça, ao ar livre? Isso tem tudo pra ser uma furada daquelas... Externei o sentimento à minha digníssima esposa e ela fez uma cara que disse tudo. Era pra ir! Fred Hammond, pelo que me lembro, me foi apresentado pelo amigo baterista Daniel Wesley quando eu ainda me encantava pelos coros de Kirk Franklin e da cena Black metida a besta daqui de São Paulo, uma galera que naquela época tinha muito mais pose do que qualidade pra mostrar, salvo raras exceções como Silvera, Rogério Sarralheiro e Paulo César Baruk (que na época eu ainda associava a um cantor de black music e hoje tanto ele como os outros citados tem se mostrado muito mais do que apenas cantores de black music...). O Dan virou pra mim e disse: "Ei, você conhece o Fred Hammond?" num dia de futebol ali na quadra da Igreja Metodista em Vila Mazzei. Eu disse que não (não associei o nome à voz que já tinha me deixado de queixo caído no Comissioned) e fui atrás de conhecer o músico. Dali em diante, Fred Hammond tem sido meu maior modelo de compositor e produtor dentro da cena Gospel Internacional. Além disso, ele também é extremamente dotado como cantor com aquele timbrão cavernoso e um fraseado único, inimitável. Não dava pra perder a oportunidade de vê-lo ao vivo! Lá conheci o Fred Hammond "worship leader". Em outra língua, ele fez com que ali naquele estacionamento de Ginásio poliesportivo, quase uma dezena de milhares de pessoas se prostrassem em adoração e entrega ao Senhor num dos momentos mais significativos de Louvor e Adoração de que já participei na vida! O tradutor contratado do evento bem que tentava traduzir (e muito bem por sinal), mas a galera respondia imediatamente à direção do cara. Coisa do Espiírito Santo que traz essa línga comum que é o Louvor e a Adoração genuína!
Uma alegria imensa ver um dos grandes em ação. Uma banda impecável, um trio de BGVs exelente, arranjos e animais e aquela pegada instrumental realmente rara de se ver na vida! Tive a oportunidade de ir aos backstages onde (pra meu completo assombro) o cara me reconheceu dos papinhos com os quais eu o incomodo no Twitter me chamando de "Jonas, my tweet guy!"... Relevem: coisa de fan mesmo! Eu assumo que tieto! Apesar de que foi ele mesmo a me enviar uma DMzinha bastante prosaica perguntando se a corrente elétrica por aqui era 110 ou 220. Consegui um rápido papinho com o mestre, algumas fotos com "my tweet guy" e com os integrantes da banda. Coisa de fan!
Musicalmente, eu sabia que meu feriado ainda não tinha acabado: tinha o lançamento do EP do meu aluno celebridade no Domingo. Cansadaço, com as costas semi-arriadas eu me dirigi ao CCJ da Vila Nova Cachoerinha pra me juntar a mais umas quase 6 mil pessoas que sem TV, sem Jabá de rádio, sem esquema de divulgação atenderam a lógica de guerrilha urbana do Laboratório Fantasma e foram pra lá. Fizeram bem em ir. De lá de New York os produtores do EP Kslaam e Beatnick vieram pra tocar junto com o Leandro, o Rael da Rima o DJ Nyac e outros convidados incríveis como MV Bill e Izzy Gordon. Muito bom! Festa da boa... Meu pai contava das tais festas dos anos 70 onde os caras que rodavam os Vinis eram como arautos da música boa e traziam as coisas mais deeps possíveis pra galera dançar na rua ou na pista! Eu me senti numa dessas festas e fui lá ver o show no meio do povo igual fiz no do Fred mesmo tendo a tal pulseirinha VIP. Uma energia absurda! Dançante total! Um RAP novo, musical, sem frescura e sem pose de bandido mas também que não faz cara de bonzinho e faz a galera do gueto ir pra cima do Sistema com cara de mau, mas com idéia na cabeça e vontade de vencer pelo certo!
Passou um garoto do meu lado com uma camiseta do Sabotage, uma mochila surrada e contando um dinheiro meio amassado nas mãos. Não hesitei: cheguei nele e perguntei quanto era. Ele respondeu: "Cinco conto!" -eu disse:"Vê um aí!". A cena parece muito com qualquer coisa de errado, né? ZN, show de RAP, dinheiro pouco assim... Era o EP "Doozicabraba e a Revolução Silenciosa"! Nada de droga. Nada de ilícito! Era minha "cópia única Nº 229966" do álbum.
Emicida tocou durante horas e horas. Tocou TUDO e durante "Triunfo" eu gritei forte com a galera "A rua é nóiz!"

Musicalmente, um dos fins de semana mais estimulantes da minha vida!