quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vocês ainda estão aí?

Faz tempo, hein?!?!
Depois de um ano confuso, corrido e marcado por uma série de lições do Universo sobre aquela questão que assola a maioria de nós: "Quem sou eu?" - estou de volta com o meu velho e querido Blog!
Vamos voltar à programação normal de antes! Tudo igual, só que diferente: Música, Lançamentos, Shows, Opinião, Crônica, Arte e agora muito mais ATITUDE! Tudo preparado daqui da cozinha dentro da barriga da Baleia.
Meu último Post bloguístico foi a tanto tempo que nem lembro mais do que se tratava e pra falar a verdade eu nem quero muito alimentar meu próprio saudosismo do tempo legal que era quando esse Blog era frequentado por vocês, a nata das cabeças pensantes das Redes Sociais. Tô muito mais interessado no NOVO! Naquilo que virá de agora em diante.
Se você lia e gostava, pode indicar o Blog à vontade por aí que você não vai passar vergonha, não!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Paulo César Baruk CD & DVD #Eletro3 - Falando entre vós com salmos, hinos e hashtags espirituais

Sim, eu demorei pra escrever sobre este lançamento...
Muito, aliás!
O meu CD eu mesmo "montei" lá pela Salluz quando chegaram as caixas com tudo desmontado lá pra turma "fazer o trabalho braçal" e mandar pra Conde de Sarzedas e afins em tempo record! E foi tempo record MESMO! A gravação foi no emblemático 11/11/11, data que protagonizou uma inteligente estratégia de divulgação na Web bolada pelo time da Salluz e o "o pacotão #Eletro3" estava pronto dia 13/12, nem bem um mês depois da captação.
Ouvi o disco (não comprei o DVD logo no dia...) com aquele sabor de novidade, uma vez que no dia da gravação lá estava eu de voluntário no evento. Quando ouvi o resultado final fiquei muito surpreso com alguns detalhes. Por exemplo, depois de muito tempo não me senti "enganado" com um produto denominado "ao vivo". O disco é "ao vivo", gente! Deve ter ali umas trilhas vindo na orelha da galera? Sim, deve! Uns pads, uns órgãos e até umas cues de outras partes do arranjo total? SIM, pode ter, MAS, não está TUDO re-gravado depois (ou mesmo já levado pronto no dia da gravação) criando aquele clima "fake" de "ao vivo ma non troppo" que a genta se acostumou como sendo o novo padrão do mercado. Num parêntesis rápido, lembro de meu pai chegando em casa com shows incríveis de bandas como Rush, Led Zepelin e Steely Dan nos quais, apesar de todo o cuidado técnico e nível na execução musical, você podia perceber que era "ao vivo"! Era o som do dia, o lead do dia, a "vibe" do dia... O #Eletro3 resgatou um pouco disso no Gospel brasileiro. Infelizmente, a gente se acostumou com um padrão de show "ao vivo" que soa enlatado e sem nenhuma vida! Estranho, uma vez que quando no contexto da Música Cristã, as canções estão inseridas num contexto específico onde a experiência da Adoração e do Louvor são tão proeminentes... Mas digressões a parte, o disco do Baruk é ao vivo, com pouquíssimos ajustes de pós-produção, principalmente na sua voz! A gente ouve o Baruk que vai nas nossas Igrejas neste CD e DVD. O Baruk que dá aquela afastadinha no mic de vez em quando, criando um "lance" que lhe é tão próprio, tão característico. Dá até pra perceber que o Baruk está com a voz cansada. Nada que comprometa a qualidade do disco, mas dá pra perceber que o cantor anda se gastando na obra.
Algumas novidades sobre a produção são, por exemplo, a produção musical que desta vez é assinada pelo próprio artista e pelo Leandro Rodrigues, pianista da banda Salluz há tempos e parceiro do Baruk em diversas empreitadas musicais. Dá pra ver o "toque" do produtor que soube repaginar a sonoridade geral da banda, dos arranjos e até refletindo na interpretação do artista. A banda teve uma "baixa médica" na semana da gravação: o baterista Júnior Sanchez que teve uma inoportuna apendicite na véspera do 11/11/11. Pra substituí-lo às pressas a produção contou com o talento incrível de Cleverson Silva. Outro ajuste da banda à nova sonoridade é a economia nos vocais. Baruk escala bem seus cantores até por ser ele mesmo um exímio cantor que além de cantar, dirige, arranja e "pensa" muito bem para vozes. Para o 3º e último "Louvor Eletro-Acústico" ele escalou ninguém menos do que Jéssica Augusto, conhecida por seu trabalho no Coral Resgate e uma das solistas mais incríveis desta nova geração de cantores. Junto com Jéssica, o próprio Leandro e o multi-instrumentista William Augusto apoiam e engrossam os vocais. Musicalmente, tudo flui, tudo funciona, e o CD fecha com grandeza a série.
Quanto ao DVD, precisamos sublinhar os méritos do Hugo Pessoa que deu uma contribuição sem tamanho no visual do show. Tudo muito bonito na hora e no resultado final do DVD também. Grandioso! Destaque para a canção "Flores em Vida" que só cresce com o efeito visual da luz, da tomada geral e das flores sendo levantadas pelo público. É visível a evolução neste quesito quando olhamos as três produções que foram os "Louvor Eletro-Acústico" de Paulo César Baruk.
Alguns clássicos do repertório moderno são ouvidos na produção: "Oferta Agradável a Ti" do pastor Edson Feitosa numa versão exutíssima com o violão do Eduardo Victorino e a voz do Baruk cantando e sublinhando cada palavra desta rendição cantada que é o texto da canção. "Baião" do saudoso Janires Magalhães mostra o bom humor do cantor que repete a canção do seu começo pra arrumar um acorde que quase não saiu na hora. O clássicos do próprio Baruk estão todos nos CDs e DVDs da série também, colocando-o em lugar de destaque entre os autores modernos da Música Cristã, e nesta produção poderíamos destacar várias! "Jardim da Inocência" e "O Meu Querer" estão no set e esta última pode estar no set de qualquer momento de louvor em qualquer Igreja do Brasil: precisamos cantar mais letras como esta! O CD também corrige o único defeito do #Multiforme: a ausência de um rapper na dançante "Filho de Deus". Lito Atalaia quebra tudo na faixa! O repertório do DVD difere em muito pouco ao do CD, incluindo o "Somente Deus" (com direito a solo do Melk Villar!) e "Reina" no final com direito a múltiplas participações especiais de artistas que estavam na casa no dia da gravação, selando o evento com um clima agradável de comunhão que é a marca principal da Salluz: amigos fazendo música juntos para o Senhor Deus!

P.S.: Poupar e comprar num futuro próximo TODAS as guitarras que o senhor Alexandre Mariano usa nesses DVDs pra pendurar pela casa e tocar de vez em quando! Já pensou? Nuóh...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Marcela Taís - Cabelo Solto

Já tem um tempão que o Soundcloud da Marcela Taís está salvo nos meus favoritos do navegador. Gosto muito de ouvir suas canções leves e alegres. Daí, outro dia ela foi simpática e generosa o bastante pra me pedir que lhe enviasse meu endereço. Dias depois chegou aqui o seu CD "Cabelo Solto". Fiquei contente com a atenção e mais ainda em poder ouvir o disco. Muito feliz! Muito crente por aí fala de uma alegria forçada, que não vive a julgar pelo amarrado da cara e que nas canções fica parecendo haver uma obrigação idiota de ser feliz, dar risada o tempo todo sem que nenhum motivo digno de um sorriso seja mencionado. Não é o caso da música da Marcela! Ela dá motivos pra que o sorriso brote sem impôr isso nas suas letras. Nada de "vira pra pessoa que tá do seu lado e dê um sorriso dizendo a ama em Cristo!". É música que nos traz à memória o que nos pode trazer esperança como a leveza das crianças, a beleza dos jardins, desejos de paz, fé nos milagres e coisas assim... Tudo muito singelo e calorosamente cantado! Aliás, a voz da Marcela é também uma alegria. Leve, cheia de vida e sem o peso do exagero e menos ainda a cansada auto-imposição de que sofrem muitos cantores cristãos de soarem iguaizinhos aos grandes virtuoses do segmento. Ela tem a inteligência de permitir que sua assinatura vocal apareça sempre e a gente agradece porque é uma voz, um fraseado e até uma respiração agradável de ouvir.
O disco é cheio de canções lindas, mas gostaria de destacar algumas:
"Declaro Paz" - Gosto do arranjo, do contrabaixo e do refrão desta canção por demais! Além do que, chega de "corinho de Guerra", né? Nosso mundo precisa de Paz! De mais gente que viva pela Paz e que creia na possibilidade da Paz. Enfim...
"És o meu Dono" - De novo, tudo certo! Uma canção de entrega que escapa do clichê e nos brinda com esse sabor folk que eu tanto gosto. Este ambiente sonoro quase que continua em "Não tenho o dom", onde vemos como que a canção parte de uma idéia onde música e um sentido poético se encontram. Outra coisa que continua são os muitos violões! Já disse aqui mil vezes que violões poucas vezes são demais...
Belo disco da Marcela! Você pode comprar pelo site da cantora no link http://www.marcelatais.com.br/ e conferir pessoalmente o trabalho da cantora brasiliense.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Juntando o começo e o final.

Nesta semana fui surpreendido com um convite de Leonardo Gonçalves para uma audição de seu mais novo CD "princípio e fim" em sua casa. A Master era recém-chegada de Londres. Um privilégio inaudito! Éramos conhecidos via Internet e alguns amigos em comum, no entanto desde nossas primeiras aproximações eu pude perceber afinidades de interesses comuns tanto em âmbito musical como em outros campos de nossas complexas existências humanas. Em seguida em um post de sua autoria no Observatório Cristão, surpreendeu-me uma honrosa citação a minha pessoa como "meu amigo Jonas Paulo". É bom ter amigos desta estirpe! Leonardo é um homem de cultura milenar e isto é cada vez mais raro em nosso tempo que privilegia o específico, a especialização sem lastro com a tradição, com a cultura. Esta profundidade cultural do cantor não o tira a característica de ser um especialista no canto e também em música de modo geral. Nossa conversa começou transitando por alguns achados do indie, um belíssimo disco da Barbra Streisand e daí passamos a audição em seu muito equilibrado sistema de som, que  Leonardo a todo momento ter o defeito de uma leve (porém, realmente perceptível) sobra de graves. O disco de Leonardo tem um conceito! Não quero entregar muito neste texto uma vez que pretendo preparar algo mais substancioso quando tiver meu CD físico em mãos, mas adianto que o diálogo do disco é entre o temporal e o atemporal, o Reino de Deus e sua manifestação imanente na Igreja, a escatologia e o engajamento com o Mundo e a vida da lida. Alguém pode dizer que este comentário seja excessivo, no entanto, assim como o próprio artista parece estar fazendo, farei ouvidos de mercador àqueles que pretendem tirar do artista o direito de criar sua arte à partir de seus próprios fundamentos conceituais; como comentarista deste disco, pretendo eu também entrar no diálogo que a obra mesmo inicia, permitindo-me assim, analiticamente derivar do disco mesmo aquilo que ele não parece dizer na escuta superficial e vencendo até mesmo aquela pergunta absolutamente idiota que muitos insitem em fazer-me, muita vez: Mas será que ele pensou nisso quando estava compondo? - esta pergunta tanto irrita quanto diminui a grandeza do que é a Arte em suas diversas manifestações. Se alguém julga-se capaz de entender, ou melhor, compreender o que Shakespeare quis dizer com sua obra é diminuir a polissemia que dela se depreende, por exemplo!
Mas deixemos de lado estas digressões e vamos a algumas considerações sobre a escuta de cabo a rabo que fizemos naquela noite:
1. Leonardo nos oferece um disco Pop! Isto mesmo: do alto da erudição do artista emerge uma obra que dialoga tanto sonora quanto tematicamente com a cultura e com os anseios do povo. Poderíamos aqui até mesmo colocar, do Povo de Deus. Temos no disco letras que falam ao Povo de Deus, encorajando-o, instigando-o a viver na Tensão Criativa que há entre a Igreja espiritual e sua encarnação na terra.
2. Leonardo nos oferece outra voz! é o mesmo virtuoso de sempre, no entanto, ainda mais amplificadamente do que já se fez ouvir em "Viver e Cantar", Leonardo busca sempre, e agora ainda mais, as melhores escolhas musicais, melódicas! É um disco de conteúdo musical complexo e este conteúdo é cantado com uma voz minuciosamente medida a cada nota, a cada colocação, à partir de um novo ajuste vocal como denomina sua preparadora vocal, Blacy Gulfier.
3. Leonardo nos oferece um disco com uma Forma clara! O disco é bem articulado assim como o artista o é. Leonardo tem um domínio claro de sua obra nos seus mais diversos aspectos. Isso salta aos ouvidos conforme se escuta o disco todo, e mesmo quando ele nos faz dançar num funk que conta com ninguém menos do que Marvin Mcquity nas baquetas, o ouvinte não sai da dimensão de um diálogo constante com a proposta dialética original e germinal do álbum. O compromisso entre forma & conteúdo é levado a cabo em toda a extensão do álbum e nisso não se negociou de modo a satisfazer necessidades de mercado, de facilidade de compreensão e afins. É um disco para a Eternidade!
4. Leonardo nos oferece uma sonoridade minuciosa. Produção Musica, Arranjos, Interpretações, Arte Gráfica, Mix e Master apontam um verdadeiro exercício de excelência. Eu poderia comentar mais demoradamente sobre cada um desses aspectos, mas deixarei isto para um post mais aprofundado quando finalmente tiver em minhas mãos este Oroboros Fonográfico...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O que não é um produtor musical?

O advento de novas tecnologias de gravação musical no formato digital, acessíveis e supostamente de fácil operação, fez surgir um exército de produtores musicais, curiosamente de maneira até mais acentuada nos meios relacionados a MCC. Muitos músicos habilidosos, tecladistas virtuosos, bons arranjadores tem visto nos sistemas de home-studio uma maneira rápida de ganhar um pouco de dinheiro a mais e com a notoriedade atingida em suas fast-productions, tem conseguido adentrar os grandes estúdios e até assinar com artistas de maior renome.
Mas uma pergunta: o que é um Produtor Musical?
Olhando para a trajetória de figuras como Quincy Jones, Berry Gordy, Phill Spector, George Martin, Ronaldo Bôscoli, entre tantos outros, fica difícil definir o que seja um produtor musical de uma maneira abreviada e unívoca. Percebemos que a tarefa de um produtor musical é bastante variada. Vai do desenvolvimento do artista em diversos aspectos de sua carreira até a aspectos burocráticos do business. Nesse caminho, alguns chegam a lendários arroubos como Phil Spector nas sessões de End of the Century dos Ramones – rumores dão conta de que os membros da banda eram forçados a mão armada a permanecer em sessões intermináveis nos estúdios. Rumores mantidos vivos no underground que parecem saltar aos ouvidos da gente quando se ouve o disco visceral e único! Goste ou não, Phill Spector está diretamente envolvido na obtenção daquele som. Notas mais brandas se fazem ouvir sobre o clima de linha produção que Berry Gordy criava na Motown e no seu no famoso poder de veto que, se não tivesse sido por vezes desafiado teria nos privado de pérolas como “What’s Going On” de Marvin Gaye entre outras. Como caçador, desenvolvedor e promotor de talentos, temos que observar de perto a história de Quincy Jones, um famoso “drop out” da Berkelee que saiu do curso pra excursionar pelo mundo aos 18 anos com Lionel Hampton e não parou mais! Conhece tudo, aprendeu na raiz, deu-se ao trabalho de fazer aulas de teoria musical com Nadia Boulanger e Oliver Messiaen, fez charts pra Thelonious Monk, arranjos pra todo mundo que importa do mundo do Jazz e R&B. Alguma dúvida sobre as capacidades desse dinossauro da indústria, recomendo a escuta de Back on the Block. Sem mais…
Muito bem, aprendi por aí que dar exemplos não é definir e nossa pergunta a cima se volta ao título do texto se tentarmos o caminho da exclusão: O que não é um produtor musical?
Um arranjador não é um produtor musical! Suas habilidades são absolutamente necessárias numa produção, mas o produtor (responsável último pelo fonograma) deve estar apto a uma escuta e compreensão prévia bastante acurada dos faixas de um trabalho e nisto deve se perguntar: quem é o arranjador ideal para este disco, este artista, esta faixa? Caso ele mesmo seja a resposta para esta pergunta ele deve ter talento e técnica suficiente pra assumir a tarefa! Caso não, bom senso e faro fino para delegar a, ou as tarefas a arranjadores ideais. Um produtor deve também equacionar os músicos disponíveis com os músicos ideais para as sessões do álbum e não deve, a não ser numa situação absolutamente específica onde ele seja o instrumentista ideal para TODAS as faixas, monopolizar os créditos do CD. Aqui faço um comentário pessoal: isso me soa ganância! Não quer dividir cachês ou direitos conexos com ninguém e grava tudo! Mas isto digo de mim mesmo e não tomo por doutrina reconhecendo que existem discos maravilhoso produzidos por one-man bands…
Um produtor musical deve ter sensibilidade para definir um repertório avaliando os resultados que o artista pode alcançar em todos os sentidos (artísticos, mercadológicos, etc.), deve estar capacitado para dirigir sessões de gravação desde a montagem até as performances (especialmente nos leads sejam vocais ou instrumentais), tendo suficiente conhecimento para auxiliar as decisões de técnicos e engenheiros de som e posteriormente dos envolvidos na mixagem e masterização.
Um produtor musical deve ser sensível em auxiliar seus produzidos, enquanto vigorar seu envolvimento com a banda ou cantor/a em questão, em questões que muitas vezes extrapolam o âmbito musical, fazendo um papel de conselheiro, amigo, mentor dos artistas.
E também, deve o produtor musical desenvolver todas estas atividades sendo sensível ao seu orçamento e cumprindo prazos.
Como vimos aqui, talvez em nosso famigerado mercado Gospel nacional tenhamos poucos profissionais que reúnam condições para usar o título de produtor musical nestes termos. Enquanto algumas compreensões não forem alargadas, muitos arranjadores continuarão produzindo um sem número de trabalhos fadados ao insucesso artístico e mercadológico.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Revolução - Ton Carfi

É muito complicado quando alguém arrisca fazer algo novo. Não que o disco do Ton Carfi seja invovador musicalmente, mas dentro do cenário Gospel brasileiro ele certamente traz uma textura que ninguém ainda tinha explorado tão bem. É um disco de R&B dançante que pode animar qualquer festa, botar neguinho pra pensar em temas que pouca gente fala e, principalmente, coloca a gente pra dançar!
Tecnicamente temos um excelente cantor sendo produzido por um monstro chamado Jamba. O Jamba é o produtor que ficou com uma imagem de "produtor de música brasileira"  por conta do lindo trabalho que fez com o Luiz Arcanjo e na sequência mostrou como que a coisa não é bem assim no trabalho solo do Marcus Salles. Neste álbum de Ton Carfi o produtor mostra o domínio de múltiplas linguagem e só reforça a tranquilidade nas teclas. Ouvi o disco pronto antes do lançamento digital e também de alguns trechos das prés ainda quando o Ton e o Jamba faziam songwriting sessions lá no Recreio nuns papos via Skype com o produtor. Ali a coisa já prometia bastante!
O disco é gordo, bem gravado, tem tudo pra correr do lado de algumas produções internacionais no mesmo estilo. Claro que o conteúdo do Ton não é aquela Babilônia dos discos da turma da Rhiana! Pode comprar e cantar alto tranquilamente que não vai rolar nenhum constrangimento... Aliás, as letras do disco estão muito boas e muito a cima dos trabalhos anteriores do Ton. Fino trato poético! Vocalmente, é o Ton Carfi, se é que vocês me entendem... "Grande cantor" nem bem começa a descrever o que esse rapaz tem a moral pra realizar vocalmente. A direção vocal do Jamba também ornou bem: o virtuosismo do Ton está mais informado e mais afastado de clichês cansados. Em resumo, não soa como exercício vocal. É fraseologia da grossa!
Eu sei que MUITA gente torceu o nariz para o disco. Mas é isso mesmo! É um disco que cabe numa proposta de entretenimento. Tem louvor? Tem... Adora-se? Sim! Mas é um disco para curtir e isso assusta muito crente que ainda confunde sacrifício com auto-flagelação. Explico: para mim, ouvir música ruim só porque tem letra bíblica é uma espécie de auto-flagelação.
Não vou fazer um track-by-track desse disco até porque a versão física do disco não saiu e para isso eu preferiria saber tudinho da produção, mas quero pontuar duas faixas:

As vozes de Maria e Talita na 4ª faixa são uma felicidade! Essas garotas tem vozes lindas e fico empolgado com a proximidade do lançamento do trabalho delas. O tema da canção é oportuno e a literalidade poderia ser um problema não fosse o caráter eminentemente profético da coisa toda. Muito bom!

O disco fecha com minha faixa preferida que soa como uma versão Gospel comportada da "How does it feel" do D'Angelo. O baixo até referencia o Pino no set up e na mão do take que ficou no valendo nuns momentos pontuais. Vocalmente é um espetáculo de virtuosismo visceral! Esses 6/8 assim sempre me ganham, mas esse está realmente incrível. É o ponto alto e ali pelos 03:20 da canção o vocal que o Ton colocou está um primor!





"Revolução" marca uma nova fase para o Ton Carfi e po ser o prenúncio de muita coisa boa ainda por vir. Recomendo que você compre e ouça. (e dance!)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Alguns canais

Pra quem é assíduo aqui, quero informar que estou com dois canais onde a coisa rola em audio/video.
Um deles se trata da Twitcam semanal da Escola de Arte Cristã (escola que coordeno desde a fundação) e a coisa acontece ao vivo todas as segundas-feiras às 16:00 e estou sempre acompanhado do meu brother Vinny Alves (que se você não segue no Twitter, está perdendo! A arrobinha dele é @eumesmovinicius). Clique aqui e veja os 5 primeiros vídeos arquivados.
O outro é um outro stream semanal mais "secreto". É "secreto" porque vou divulgar "pouco"... Quero que seja algo mais obscuro mesmo porque... Enfim: porque eu quero assim! Esse é "fora da moda". Algo pra quem gosta de coisas que quase ninguém topa. Neste Stream, que por enquanto só tem um vídeo arquivado que você pode assistir clicando aqui, farei a leitura de 1 texto (ou trecho...) de 1 autor por vez e o papo é mais voltado para Literatura e afins.

Tod@s estão convidados para ver minha cara redonda por lá.