terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

5:50 Am

Curiosamente, saí da cama neste horário hoje, depois de uma noite de canções fortes como a do título deste post. Zé Bruno perguntou que horas eram e em plenas 21:00 e tra-la-lá o público gritou "Dez pras seis!". A banda inteira reagiu com um sorriso quase nervoso. O front man da banda realmente queria saber a hora pra ver se já não era hora de  entregar para o pastor da casa. Tocaram o clássico, claro! Tocaram, aliás, muitos classicos! Os novos e os velhos. Tocaram "5:50 Am", tocaram "O Jantar", "Lucifeia" e outros daqueles que você fica se perguntando:"Mas isso é música Gospel?". A resposta é um sonoro "Eu não sei!"... A música Gospel tem se desenvolvido aqui no Brasil segundo formulinhas gastas cheias dos clichês do evangeliquês da época. Ora os apulpos de uma alegria forçada e sem crise nenhuma, ora uma chuva aqui, um terremoto acolá e assim caminha a obviedade temática, musical e artística. A Banda Resgate não se identifica com essa massa confusa de música que você chega a não saber bem qual é de quem justamente porque tudo parece com tudo e nada parece muito com nada. A banda é algo como um "Fab Four" cristão que fala de coisas que ardem na pele de gerações de jovens. Coisas como uma moça que nasce feia e precisa ouvir que "beleza não tem padrão. Não vem das mãos de um cirurgião que tiram rugas mas deixam cego o coração." ou a angústia inicial de alguém cujo ego morreu já a ano inteiro ou mais. No mundo do padrão, a Banda Resgate foge a quase todos e canta bem em português e em um embromation sensacional em "Jack, Joe and Nancy in the mall" que aos poucos vai ficando um hino da nova juventude rockeira cristã.
Dez pras seis já foi faz tempo. Já dei tapa no relógio. Já li notícia, li e escrevi no Blog pensando assim: Que bom que ainda tem música pra inspirar a gente e fazer a gente lembrar que existe um mundo real, lindão e criado por um Deus difícil de entender, mas que é gerador e inspirador de toda a beleza, inclusive aquela escondida no fundo da personalidade da Luci. Fiquem com a íntegra de "5:50 Am":

"Abro os olhos sob o mesmo teto todo dia.
Tudo outra vez.
Acordo, um tapa no relógio a mente tá vazia.
São dez pras seis.
Hoje a morte do meu ego tá fazendo aniversário.
Será que eu vou chegar
Chegar ao fim de mais um calendário?
Eu não sei,
Eu não sei,
Eu não sei.
É tudo sempre igual.

Disseram que o Teu amor é novo a cada dia.
Eu pensei:
'Quero ouvir a Tua voz falar o que eu queria'
São dez pra seis.

Se é pra Te seguir e então matar aquela velha sede,
Se é pra Te servir e nunca mais cair na mesma rede
Eu vou,
Eu vou,
Eu vou."

Nenhum comentário:

Postar um comentário